É A BUSCA – O QUE AS PESSOAS ESTÃO BUSCANDO?
- MANOEL ROSAS DOS REIS JR
- 12 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
O processo de intuição como transformação de si. Manoel R.Reis - psicólogo
Pensamento: não podemos ter tudo que queremos, mas podemos sonhar com o que queremos e também com o que temos....
Será que existe uma maneira de existir na qual possamos falar em equilíbrio e leveza de ser? Será que existe um foco voltado para aquilo que é mais essencial ou mais central em nossas vidas?
Quando chegamos neste ponto pensamos que é preciso navegar, ou navegar é preciso como diz a poesia de Fernando Pessoa, e estar navegando nas marés é deixar fluir nosso mundo como um veleiro ao vento?
Tantas perguntas quase sem aparente resposta cabível para esta infinidade de questões subjetivas, há muito esquecidas pela sociedade materialista que vivemos.
Mas podemos sem todas as respostas ao menos permitir que nossa vida tenha um caminhar próprio, podemos sentir que não estamos forçando nossa natureza mais interior, enfim o nosso ir e vir dentro de um “continum”, na velocidade e no ritmo interior que julgamos necessário e suficiente para experienciar e saborear a vida, de forma plena, ainda que pareça tão estreita e sem significados.
Sabemos que a maior parte dos profissionais que cuidam da saúde também não têm noção de importância da profundidade desta subjetiva “leveza” e seu vigor psicológico em ajudar a fluir nossas vidas. A civilização realiza um movimento em contrapartida ao pensamento selvagem, mais natural e instintivo como fala o antropólogo Levy Strauss, onde supervaloriza o invisível, o que não pode é manipulável, enfim tudo aquilo que é intangível e assim possa ser incontestável.
Mas a sociedade ultra capitalista fez o concreto ocupar o lugar das emoções e os nervos se tornaram de aço, o homem natural se torna um ser urbano, o homem ecológico se torna alguém sem ninguém – inaugura-se o vazio existencial que tanto escreveu e viveu Nitsche.
Nosso “habitué” se acostumou a desconsiderar os aspectos mais ocultos, do cotidiano, porque não dizer latentes e incrustados na mesmice insana e inconsciente da sobrevivência. Não fomos feitos simplesmente para sobreviver, muito além disso temos o dom da vida que pressupõe desfrutar desta vida.
O que nos impede começa pela ordem cartesiana, racional e perfeccionista a que nos subjulgamos e profetizamos em nossa passividade e indiferença de nosso sacrifício e martírio inerte. Enfim alguns poucos irão persistir até que este planeta acorde para uma consciência de si e dos outros e das possibilidades de um novo mundo apesar de tudo ...Esperança sim apenas a esperança
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